Ivan, borracheiro, Rosario

Ivan trabalha em uma borracharia em uma pequena cidade no oeste da Bahia, com mais cinco ou seis colegas. Eles se revezam, 24 horas por dia, para consertar os pneus dos caminhões que trafegam pela rodovia federal BR20: caminhões de banana com destino a Brasília, caminhões que transportam gado, caminhões que transportam calcário para construir as terras agrícolas, caminhões-tanque de diesel para as fazendas, caminhões que transportam soja com destino a Salvador. Graças a eles, a borracharia nunca dorme. Seus companheiros vêm de todo o Nordeste, e todos são pagos por tarefa: aquele que conserta mais pneus ganha mais do que os outros. Pneus rasgados, pneus furados: cada tarefa exige uma habilidade diferente, e o borracheiro está sempre à beira de um acidente se um pneu explodir.

Ative as legendas diretamente no vídeo/YouTube.

Gostou do retrato do Ivan?

Deixe um comentário no nosso canal na plataforma de vídeo.

Mais sobre Ivan, no museu

Maquinas encontradas no seu atelier

Sua história virou cordel

Nos arredores da oficina do Ivan

“Inclusive a maioria das vezes, trabalho mais sozinho. Porque às vezes tem um parceiro que ele é mais devagar do que você. Aí como na borracharia, a gente não tem um salário fixo, a gente tem percentagem. Aí você tem que fazer mais para você tirar um dinheiro melhor. Aí se você pega um parceiro e vocé trabalha mais que outro, tem que partir igual. Então por isso que às vezes é melhor se trabalhar só.”

IvanBorracheiro

“Se trabalhar na Fazenda, se tem uma família você não vai viver com ela, você vai viver mais em torno do serviço lá. E aqui na borracharia aí, aqui na borracharia aqui na cidade, você tem mais um tempo de você, para curtir a sua família, se tem a liberdade”.

IvanBorracheiro

“O que mudou assim, é em torno as ferramentas. Naquele tempo era tudo o serviço braçal mesmo. Hoje não. Você já tem um macaco. Você tem uma pneumática que facilita muito. Então aquele tempo que você gastava de uma hora, uma hora e meia so para remendar um pneu, hoje em uma hora e meia, você desmonta o trem desse caminhão todinho e monta de novo. Então ficou muito mais fácil”.

IvanBorracheiro